Não é preciso dizer que atualmente o termo “Made in Italy” é sinônimo de luxo e sofisticação. Afinal, boa parte das grifes tem como sede a maravilhosa Itália. Gucci e Roberto Cavalli, por exemplo, são uma das principais e mais conhecidas grifes do país europeu. Mas nem sempre foi assim. Durante muitos e muitos anos, a Itália dependia muito das tendências criadas na França e Inglaterra, onde marcas tradicionais e refinadas se criaram. Na França, tinha a Chanel e Dior, na Inglaterra, as inúmeras e excelentes alfaiatarias tradicionais.

Por isso, no dia 12 de fevereiro de 1951, uma revolução na moda italiana começa. O diretor de uma agência de comércio, Giovanni Battista Giorginni, resolveu organizar um evento de moda nacional para mostrar a produção da Itália no mundo. O evento em si, foi organizado em sua casa, na Villa Torrigiani em Florença. O diretor convidou inúmeros jornalistas de moda e comerciantes dos Estados Unidos. Assim, os produtos italianos ficaram sob julgamento dos olhos do mundo e com isso, a imprensa global revelou ao mundo o que era produzido na Itália e a qualidade de seus produtos.

No dia seguinte em Paris, nos jornais, o desfile estampava todas as capas. O jornal "Paris Presse" escreveu: a bomba de Florença chacoalhou os salões da alta moda parisiense e ameaçou o seu monopólio.  Naquele ano, o setor de exportação deu um salto de US$ 125 mil para US$ 1,5 milhão. Hoje, o mercado de exportação de roupas da Itália movimenta cerca de US$ 40 bilhões de dólares. E isso claramente, mostra o impacto enorme das ações de Giorginni.